A. J. Fikry é um livreiro que, mesmo relativamente jovem, tem uma postura purista e exigente com os livros que põe à venda, e a forma como conduz sua vida pessoal não é muito diferente. Viúvo, solitário e com gostos peculiares, ele não é uma pessoa fácil.
Porém, quando Maya e Amelia entram em sua vida, cada uma de uma forma mais inesperada que a outra, ele começa a ser obrigado a rever certos aspectos de sua vida, pouco a pouco.
Através do relacionamento dele com as duas, vamos observando A. J. mudar ao longo dos anos, mostrando-se, aos poucos, mais aberto a coisas novas (nem que seja pela força) e receptivo a um mundo maior e mais complexo. O que não muda, nunca, é o amor do personagem pelos livros, amor esse que faz os três personagens se unirem mais ainda ao longo dos anos.
É quase impossível não se encantar pelo carrancudo A. J. , pela iluminada Maya e pela comovente Amelia, além, é claro, do amor pelos livros que o romance exala ser irresistível.
“As pessoas contam mentiras chatas sobre política, Deus e amor. Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido?”
Islands Books, a livraria de A. J. , funciona como uma deliciosa fonte de renovação de fé nos livros e o que ele acaba conseguindo fazer por essa comunidade, e o que em contrapartida as pessoas fazem por ele, é simplesmente lindo.
Com muito humor, e uma inesperada dose de mistério, é o tipo do livro que te pega de repente e te marca fundo. Começa muito despretensioso, mas, conforme caminhamos na leitura, um sorriso maior a cada página vai se desenhando no nosso rosto e, ao final, a emoção toma conta do leitor mais cético.